O Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, cumpriu na manhã desta quinta-feira, três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em residências de investigados e em celas de penitenciárias. O objetivo foi buscar drogas, armas, documentos e mídias eletrônicas acerca da atuação de organização criminosa especializada em tráfico de armas, tráfico de drogas, receptação de veículos e lavagem de dinheiro. Os mandados foram cumpridos em Uruguaiana, Charqueadas e Canoas. Até o momento, três pessoas foram presas.
A investigação que culminou na operação desta quinta-feira teve início no segundo semestre de 2019, a partir de informações obtidas durante revista em galeria da Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA) – antigo Presídio Central –, local em que estão alojados, predominantemente, os detentos de uma facção criminosa. Na ocasião, foi possível identificar as ações do grupo na prática dos delitos investigados.
Conforme o promotor de Justiça Ricardo Herbstrith, da análise das informações obtidas, foi possível determinar a existência de uma célula criminosa atuante na cidade de Uruguaiana, responsável pelo fornecimento de armas e munições para a região metropolitana de Porto Alegre e Vale do Rio dos Sinos.
Herbstrith destacou que a operação deflagrada hoje é de extrema importância no combate ao crime organizado porque revela uma irradiação dessa organização criminosa para a fronteira, trazendo drogas e levando armas para a região metropolitana. “Temos a certeza que, a partir desta operação, conseguimos desmantelar uma importante ramificação da facção, no sentido de limitar e diminuir sua atuação, propiciando mais segurança à população gaúcha”, ressaltou.
Ação integrada
A operação foi realizada por integrantes da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Promotoria Criminal de Uruguaiana, da Brigada Militar, por meio do 1º Batalhão de Policiamento de Área de Fronteira (BPAF) e Inteligência, Polícia Civil, Polícia Federal e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).