O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, classificou o cancelamento da Expointer 2020, confirmado nesta quinta-feira, como uma “decisão de bom senso e de responsabilidade” dos organizadores.
“Estamos no meio de uma pandemia, não temos vacina, não podemos fazer aglomerações. Neste momento, não é possível”, pontuou, ao lembrar que a transferência de datas – a Expointer havia passado do fim de agosto para o fim de setembro – comprometia outros eventos já tradicionais no campo, como os remates, que também devem ser realizados em meio virtual.
Já o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier, disse que vê com tristeza o cancelamento da feira, mas que a suspensão atende o desejo dos fabricantes e de clientes que manifestaram receio em se expor em plena pandemia.
Bier argumentou que, embora a Expointer seja um dos eventos mais importantes para o setor de máquinas, havia uma série de complicadores para a execução da feira. Entre eles, o acesso de público restrito. “E se um cliente nosso, que viesse de longe, chegasse ao parque e não pudesse entrar pela lotação máxima?”, questiona.
Outra ponderação, segundo o dirigente, é que as indústrias temiam expor o quadro de pessoal durante a exposição. “Chegamos à conclusão que não era possível a Expointer sair”, completou Bier.