O Ministério Público Estadual vai redobrar o alerta quanto à instalação e utilização de respiradores encaminhados pelo Ministério da Saúde para o Rio Grande do Sul. Nesta semana, o Estado recebeu 140 equipamentos do modelo beira-leito (usados em UTIs). Desses, 112 serão encaminhados para auxiliar a rede de saúde de 18 municípios gaúchos. Os outros 28 ainda não tiveram o destino definido.
O MP vai acompanhar de perto a destinação dos aparelhos até que comecem efetivamente a funcionar nas casas de saúde. Interlocutores do governo alertaram que alguns prefeitos não contrataram médicos intensivistas ou sequer adquiriram macas para instalar os aparelhos respiratórios nos leitos hospitalares.
Enquanto aliados do governo Leite pedem atenção à conduta de prefeitos, a presidente da Federasul, Simone Leite, acusou o Piratini de não ter colocado em funcionamento o número de leitos suficiente para fazer frente à pandemia. Em entrevista à Rádio Guaíba, a dirigente afirmou, na semana passada, que o governo estadual não pode ficar “monitorando planilha de Excel” enquanto a classe produtiva é penalizada com o fechamento do comércio.
O coordenador da bancada federal Giovani Cherini (PL) também advertiu que o RS recebeu recursos para habilitar mais 624 leitos – 234 em Porto Alegre – a fim de enfrentar o coronavírus, mas que 200 deles ainda não foram abertos à população.
Em função do impasse, o MP prepara um levantamento junto às prefeituras para apontar supostas irregularidades.
Na primeira quinzena de junho, o Rio Grande do Sul já tinha recebido 130 respiradores, também do Ministério da Saúde. No total, o governo federal já enviou 270 respiradores, dos quais 30 foram repassados ao município de Porto Alegre. Desse total, 220 são do modelo beira-leito. Os equipamentos são considerados fundamentais no enfrentamento a casos graves da Covid-19.
Do total de 140 respiradores, 112 já tiveram destino definido:
