Marchezan descarta construção de hospital de campanha e classifica estrutura como “puxadinho”

Porto Alegre vai manter ações previstas no plano de contingência conforme ocorrer a expansão dos casos de coronavírus

Foto: Jefferson Bernardes / PMPA

Apesar do aumento da demanda por leitos de UTI em Porto Alegre por pacientes confirmados e suspeitos do novo coronavírus, o prefeito Nelson Marchezan Júnior descartou nesta terça-feira a instalação de um hospital de campanha na cidade e classificou a construção dessas estruturas como “puxadinho”.

Ao contrário de Rio de Janeiro e São Paulo, que construíram unidades de campanha para receber enfermos da Covid-19, Porto Alegre vai manter as ações previstas no plano de contingência conforme ocorrer a expansão dos casos de Covid-19.

Ao garantir que o município conta com “gestão e capacidade” para não necessitar de leitos de campanha, Marchezan criticou o debate em torno do assunto. “Hospital de campanha não é o ideal, hospital de campanha é um puxadinho. Porto Alegre não precisa de puxadinhos, Porto Alegre trabalhou nos últimos três anos, abriu hospitais e leitos todos os anos, não precisa fazer hospital de campanha”, afirmou. Na avaliação do prefeito, a cidade conta com estrutura hospitalar e equipamentos suficientes.

Conforme o prefeito, nos últimos dias hospitais referência no atendimento a pacientes da Covid-19 anunciaram abertura de novos leitos de UTI e enfermaria na cidade. “Se tiver expansão acima daquilo que a gente deseja, e estamos tentando evitar com restrição de circulação, vamos ter que usar todas as estruturas hospitalares da cidade de Porto Alegre, públicas e privadas terão que ter espaços específicos para Covid-19”, observou.

O plano de contingência hospitalar elaborado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), atualizado em 11 de junho, cita que “o Estado considera a possibilidade de construção de hospitais de campanha apenas em situação de possibilidade iminente de colapso do sistema de saúde”.

O documento reforça que o Rio Grande do Sul dispõe de uma rede hospitalar ‘bastante potente e organizada’, com leitos de UTI em todas as macrorregiões de saúde.