Sem cumprir bandeira vermelha, prefeito de São Gabriel garante não temer ação judicial

Rossano Gonçalves se disse convicto de que dados equivocados resultaram em penalização para a cidade

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Mesmo sabendo que desrespeitou normas, o prefeito de São Gabriel, Rossano Gonçalves, lamentou, nesta sexta-feira, ter sido alvo de contestação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) por ter retardado o fechamento do comércio na cidade, conforme determinou o governo estadual, no fim de semana passado. A cidade compõe a Macrorregião de Uruguaiana, que ganhou bandeira vermelha, de risco alto para o avanço do novo coronavírus. Por não ter endurecido as regras já na segunda-feira, a Prefeitura de São Gabriel recebeu, ontem, uma notificação do Ministério Público. Rossano Gonçalves vai ter 48 horas para se explicar. Até o momento, a cidade não se adequou às novas restrições

“O PGE não só ameaçou como cumpriu. Agora, o MP vai analisar as minhas razões. Eu lamento que o caso seja judicializado e que o Estado tenha demorado muito para atender o pleito dos prefeitos. Mas eu não temo uma ação judicial porque confio na Justiça. Vou continuar defendendo minha comunidade e tenho convicção de que quem errou, e provo, foi o governo do estado, que está penalizando a região”, declarou, em entrevista ao programa Guaíba News.

Rossano Gonçalves criticou a metodologia adotada, que resultou na bandeira vermelha para 11 cidades da fronteira Oeste. O prefeito explica que o município aplicou um número expressivo de testes, resultando em um número maior de confirmações. Dos 65 mil habitantes de São Gabriel, mil fizeram exame para Covid-19.

Gonçalves também ressalta que o município teve 80 curados, e não 30, como computou o balanço estadual. Por fim, garante que a cidade é um local seguro após ter investido R$ 1 milhão em compra de equipamentos de proteção individual (EPIs).