O presidente do Inter, Marcelo Medeiros, se manifestou sobre a informação, revelada pelo Correio do Povo nesta quarta-feira, de que o Ministério Público calcula em R$ 13,1 milhões o valor desviado dos cofres do Inter na gestão do antecessor, Vitorio Piffero.
Embora deseje buscar o ressarcimento ao clube, Medeiros salienta que espera novos avanços no trabalho do MP: “A investigação não terminou, esse valor já sinaliza a importância do significado deste trabalho do MP, mas o Inter vai aguardar a sentença em âmbito penal para solicitar ressarcimento do valor final”, explicou, em entrevista ao programa Repórter Esportivo, da Rádio Guaíba.
Segundo Medeiros, que também é advogado, embora já seja possível entrar com uma ação contra os possíveis responsáveis na Justiça comum, baseado no valor revelado nesta quarta, o Inter vai manter cautela. “O clube está aguardando mais elementos, inclusive a conclusão do processo investigativo ou parte dele, para que seja possível, ainda na nossa gestão, ressarcir o clube”, alegou.
O presidente colorado salientou a posição do Inter como “vítima” da situação, mas lembra que não cabe ao Inter exercer “poder de polícia”. “O Inter é vítima nesta situação, por isso, não podemos avaliar a pena nas provas do MP, é preciso ter mais elementos”, apontou.
Questionado sobre a avaliação do valor apontado pelas investigações, R$ 13,1 milhões, Medeiros relatou que, em função da pandemia de Covid-19 e todos os problemas financeiros acarretados pela paralisação do futebol, o clube não conta com esse dinheiro em caixa. De acordo com o presidente, não é possível fazer um prognóstico ou sinalizar com alguma data para a finalização do trabalho do MP.