A ativista Sara Winter, líder do movimento “300 do Brasil”, entrou nessa segunda-feira com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) horas após ser presa pela Polícia Federal (PF). Na solicitação, a defesa da ativista alega que ela apenas vem fazendo uso da liberdade de expressão. “Sem medo de represálias e de censuras”, escreveu o advogado Paulo Goyaz Alves da Silva, no pedido. A ministra Cármen Lúcia vai ser a relatora da ação.
Na avaliação de Goyaz, as manifestações de Sara vão contra as condutas políticas de alguns ministros do STF. Para o advogado, parte dos membros do STJ julga “pela mídia, para não dizer para a mídia”.
Sara e mais cinco integrantes do grupo foram detidos por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que atendeu a um a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A prisão visa investigar se há patrocinadores ao grupo.
Durante a tarde, cerca de 13 manifestantes foram à Superintendência da PF no Distrito Federal carregando faixas de apoio ao grupo e pedindo a liberdade de Sara. No ato, eles chegaram a soltar fogos de artifício em direção à sede.
Em depoimento à PF, Sara negou que o “300 do Brasil” receba dinheiro do governo em troca de apoio, mas ficou em silêncio ao ser questionada sobre quais os objetivos do grupo que lidera e sobre os ataques feitos em vídeo contra o ministro Alexandre de Moraes.