A divulgação das novas restrições às atividades econômicas e esportivas e a mudança da cor de bandeira em três regiões do Rio Grande do Sul terão como consequência quase inevitável a revisão da projeção de retomada do Campeonato Gaúcho. Os clubes e a Federação Gaúcha de Futebol esperavam reiniciar a competição na segunda quinzena de julho, mas o aumento no número de casos da Covid-19, tanto na Capital quanto no Interior, impõe uma nova realidade.
No sábado, o governo do Estado anunciou que três regiões do Estado vivem agora sob a bandeira vermelha, que impede o funcionamento do comércio, por exemplo. Entre elas, está a Serra gaúcha, terra de Caxias, Juventude e Esportivo. Porto Alegre, por enquanto, segue com bandeira amarela, onde as restrições são mais brandas. Porém, na Capital, foi a prefeitura que não amenizou as restrições, frustrando a expectativa dos clubes, que esperavam uma flexibilização.
Ou seja, os jogadores já chegariam fardados e, depois da partida, iriam direto para o ônibus para serem levados ao hotel. Outra medida seria a concentração dos jogos em duas ou três cidades. Para isso, porém, essas regiões, além de possuírem um número de campos suficiente, teriam que estar sob bandeira amarela. Caxias do Sul seria uma candidata para receber as partidas, mas a possibilidade ficou bem mais distante, já que a Serra não apenas não evoluiu de bandeira laranja para amarela, mas regrediu para vermelha.
Neste momento, além de Inter, Grêmio e São José, que completaram seis semanas de treinos, apenas o Caxias estava treinando. O time grená trabalhava há uma semana, mas agora terá as atividades interrompidas. O Juventude ainda não havia retomado os trabalhos. Os dirigentes do campeão gaúcho de 1998 apontam um importante desequilíbrio técnico em favor dos times que já estão trabalhando.
“Fomos pegos de surpresa com essa bandeira vermelha (anunciada no sábado). Mas tenho certeza que haverá sensibilidade da Federação Gaúcha de Futebol e dos dirigentes da dupla Gre-Nal. Precisamos encontrar um bom termo para retomar a competição no devido prazo, dando chance para todos os clubes fazerem uma intertemporada”, observou o presidente do Juventude, Walter Dal Zotto Júnior.