O Ministério Público Federal (MPF) determinou, neste domingo, a abertura imediata de inquérito policial para investigar o lançamento de fogos de artifício em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Também pediu perícia no local a fim de identificar danos ocorridos no edifício e resguardar provas processuais.
Na noite desse sábado, manifestantes bolsonaristas retirados de um acampamento montado na Esplanada dos Ministérios causaram tumulto e aglomeração, desrespeitando as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), enquanto faziam disparos de fogos de artifício em direção ao prédio do STF, na praça dos Três Poderes.
Os manifestantes divulgaram vídeos pelas redes sociais e, em um deles, se escuta a voz de um homem fazendo ameaças ao STF. Ele cita, nominalmente, os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
A abertura de inquérito tramita em regime de urgência e sob caráter reservado por questões relacionadas à inteligência das informações. Na representação inicial, o MPF apontou a gravidade das condutas identificadas por serem dirigidas ao órgão máximo do poder Judiciário.
Para o MPF, os atos podem ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional, nos crimes contra a honra, além da Lei de Crimes Ambientais por abranger a sede do STF, situada em área tombada como Patrimônio Histórico Federal.
