Distanciamento controlado: quatro regiões do RS registram piora e recebem bandeira vermelha

Caxias do Sul, Santo Ângelo, Santa Maria e Uruguaiana passaram de risco médio para risco alto de contágio de Covid-19

Em meio ao aumento de contaminações, mortes e internações em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) pelo novo coronavírus no Rio Grande do Sul, o governo do Estado piorou a classificação de cinco das 20 regiões no sistema de Distanciamento Controlado contra a Covid-19. Com a mudança, Caxias do Sul, Santo Ângelo, Santa Maria e Uruguaiana passaram de bandeira laranja (risco médio) para vermelha (risco alto). Já Bagé passou de bandeira amarela (risco baixo) para laranja. Já a região de Santa Cruz do Sul obteve melhora nos indicadores, indo de bandeira laranja para amarela.

Na região de Caxias do Sul, os registros de hospitalizações confirmadas para Covid-19 cresceram 173,9% entre as duas semanas, passando de 23 para 63 hospitalizações. Mesmo sem considerar a alteração na faixa de corte, a região teria obtido a bandeira preta nesse indicador. Segundo o governo estadual, esse elevado crescimento aponta para um alerta ainda maior na região, pois se trata da velocidade do avanço da pandemia, com efeitos que podem permanecer por mais semanas.

Os indicadores de incidência de novos casos sobre a população – “hospitalizações confirmadas para Covid-19 em relação à população” e “Projeção de óbitos em relação à população” apresentaram significativa piora. Assim, considerando as mudanças nos indicadores e o elevado crescimento, ambos variaram de bandeira laranja para preta.

Mudanças nas regras

As alterações seguem ajustes no modelo, anunciadas pelo governador Eduardo Leite na última quinta-feira. Dos 11 indicadores levados em conta, o Palácio Piratini alterou quatro e apertou o ponto de corte em sete. As novas regras nos índices de óbitos por Covid-19, por exemplo, têm uma projeção das mortes nos últimos sete dias e na variação de pacientes internados em UTI, ao invés de usar o número de óbitos dos últimos sete dias.

Conforme as modificações, se a região atingir a bandeira vermelha ou preta, são necessárias duas semanas consecutivas com bandeiras menos graves para que haja mudança na cor. Isso é para evitar que indicadores apresentem falsas melhoras e para ter certeza que a região obteve as melhoras necessárias. Assim, para a região passar da bandeira amarela para a laranja, a taxa de avanço de hospitalizações por Covid-19, no período de duas semanas, terá que passar de 5% a 20%; para ir da laranja para a vermelha, o avanço deve ser de 20% a 50%; e, da vermelha para a preta, o avanço precisa ser de 50%.