Coronavírus atinge de forma mais dura as Américas, considera OMS

Ainda assim, órgão reconheceu as pressões sobre esses países para se voltar ao normal e principalmente reduzir os danos econômicos provocados pela crise

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O continente americano carrega o “fardo” da pandemia global de coronavírus neste momento, avaliou a Organização Mundial da Saúde (OMS). As Américas do Norte e do Sul já tiveram quatro países incluídos entre os 10 países com mais óbitos e casos pela doença em todo o mundo.

A doença é considerada “altamente ativa” nas Américas Central e do Sul, observou, em Genebra, o chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, destacando problemas no Brasil e no México.

A situação atual do Brasil, agora um dos epicentros mundiais do coronavírus, é uma preocupação crescente, principalmente nas cidades densamente povoadas, disse Ryan.

O sistema de saúde do Brasil “ainda está suportando”, embora algumas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estejam em um estágio crítico e sob forte pressão, com mais de 90% de taxas de ocupação do sistema de cuidado intensivo, completou Ryan.

É possível que a doença esteja se espalhando novamente em meio a uma reabertura das atividades, com as pessoas voltando a se encontrar, especialmente onde não houve um número adequado de testes, com distanciamento social insuficiente.

Pressões
Ainda assim, Ryan reconheceu as pressões sobre esses países para se voltar ao normal e principalmente reduzir os danos econômicos provocados pela crise.

“Há um equilíbrio cuidadoso entre manter as pessoas em casa e o efeito desfavorável sobre a economia e a sociedade. Não é um equilíbrio fácil. Não há respostas corretas”, disse Ryan.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que vigilância é necessária em todo mundo contra “o vírus muito perigoso” mesmo em regiões onde ele parece estar em queda.