“Sinceramente, cresce a hipótese de não realização da Expointer”, adverte prefeito de Esteio

Governador já afirmou que a realização do evento está condicionada à segurança da saúde

Foto: Mauro Schaefer / CP Memória

Um dia após o governador Eduardo Leite ter advertido sobre o cenário incerto em torno da realização da Expointer, o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal (PP), mostrou-se descrente sobre a possibilidade de abrir os portões do Parque Assis Brasil neste ano, em função da expansão do coronavírus.

“A feira só sai com a anuência da Prefeitura de Esteio. Muito sinceramente, cresce a hipótese de não realização da Expointer 2020. O cenário sanitário não me parece favorável para a realização da feira”, alertou. Entre ontem e hoje, Esteio registrou a terceira e a quarta morte em decorrência da Covid-19.

Pascoal ressaltou ainda que a grande presença de público é uma das características da feira. “A Expointer é povo, é gente”, recordou em entrevista ao Esfera Pública, da Rádio Guaíba. Na edição passada, mais de 416 mil pessoas circularam pelo evento, que resultou R$ 2,7 bilhões em negócios.

Inicialmente marcada para o período de 29 de agosto a 6 de setembro, a Expointer já teve a edição deste ano adiada para setembro, porém sem data definida. Conforme o prefeito Leonardo Pascoal, não é possível postergar a feira de forma sucessiva, já que é preciso levar em conta o ciclo agrícola. “Se a gente adiar por muito tempo entraremos em um período de plantio de safra e cai o interesse de expositores de indústrias e máquinas. Não se pode jogar a Expointer para novembro, senão perde o sentido”, frisou.

Leonardo Pascoal também recordou que a Agrishow realizada em Ribeirão Preto (SP),e que rivaliza com a Expointer em tamanho e importância do agrocalendário, acabou sendo transferida para 2021, em função da pandemia.

Em meio à expansão de contágio pelo novo coronavírus no Rio Grande do Sul, Leite disse, ontem, que a Expointer só vai ocorrer se houver segurança para a população. Em videoconferência, o governador assegurou que o Palácio Piratini acompanha com atenção os indicadores sanitários da região Metropolitana, sempre com enfoque na vida. “Não vamos forçar a barra para a fazer uma feira sem segurança”, reiterou.