Leite admite volta do Gauchão em julho, em regiões com bandeira amarela

Novo secretário de Esporte elogiou protocolos apresentados pela FGF e crê ser possível retomada com bandeira laranja

Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação

Com o torneio paralisado desde 15 de março, o governador Eduardo Leite admitiu a possibilidade de o Campeonato Gaúcho retornar no dia 19 de julho. Ele indicou, no entanto, que os jogos só poderão ser realizados em regiões com a bandeira amarela, o que, na visão dele, dificulta a realização da competição. Já o recém-empossado secretário de Esporte, Francisco Vargas, discorda.

“Em um campeonato estadual, pressupõe-se que ele ocorra em todo estado, de forma equânime. A forma como vai ser feito o campeonato é da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Nós já dissemos que não há possibilidade de abertura de portões e presença de público. Se for para conclusão dos jogos, somente nas regiões de bandeira amarela, onde pode ter prática de esportes de contato como futebol, desde que obedeça aos protocolos, há esta possibilidade”, argumentou Leite, em entrevista ao Balanço Geral, da Record TV, nesta terça-feira.

Entretanto, o secretário Francisco Vargas, que assumiu a pasta do Esporte e Lazer há uma semana, apontou que, no entendimento dele, regiões com risco médio de transmissão da Covid-19 também podem vir a receber partidas do Gauchão: “Com todas as questões apresentadas pela Federação, a bandeira laranja não seria impeditivo para realização de jogos. Inclusive, terão que se realizar partidas em cidades com essa classificação, pois, hoje, por exemplo, somente Pelotas está em amarelo”, explicou Vargas, em entrevista ao programa Repórter Esportivo, da Rádio Guaíba, nesta terça.

Segundo Vargas, o protocolo apresentado pela Federação Gaúcha de Futebol lhe deixou “encantado” e existe sim a possibilidade de o retorno do Gauchão ocorrer no dia 19 de julho, respeitando as normas de precaução. “Nas partidas estarão envolvidas 200 pessoas, número 3 vezes menor do que normalmente. Entre elas, estarão membros da FGF, delegações, times, técnicos, auxiliares, reservas, e uma redução drástica nos profissionais da imprensa”, indicou.

O secretário enfatizou a necessidade de se considerar a questão acadêmica e científica do modelo de Distanciamento Controlado, mas manifestou otimismo: “Sempre um pé atrás, mas o otimismo exagerado”.

Ainda sobre o entorno das partidas, Vargas disse acreditar que seja possível um profissional por emissora, sem a necessidade de a presença ser exclusiva a quem detém os direitos televisivos do campeonato. Questionado sobre uma eventual piora nos indicativos das bandeiras com o Gauchão em andamento, Vargas se mostrou enfático: “Bandeira vermelha, interrompe-se o campeonato, pois o perigo aumenta exponencialmente”.

A Federação Gaúcha de Futebol e a Secretaria de Esporte e Lazer devem voltar a debater uma data para a retomada do Gauchão nesta sexta-feira, véspera da próxima atualização das bandeiras do Distanciamento Controlado, para a qual, de acordo com o governador, há o risco de as regiões de Caxias do Sul, Novo Hamburgo e Porto Alegre entrarem na bandeira vermelha.