Reajuste do gás de cozinha no RS deve ser de R$ 2 a R$ 4, estima setor

Revendedores do Rio Grande do Sul observam aumento na venda de gás de cozinha durante a pandemia de Covid-19, com mais pessoas em casa

O impacto do reajuste de 5% no preço do gás de cozinha deve chegar ao consumidor ao longo do mês de junho. O aumento foi anunciado pela Petrobras aos distribuidores nesta quinta-feira (04). No Rio Grande do Sul, o botijão de 13 quilos custa, em média, R$ 69,94. O resultado foi aferido pela Agência Nacional do Petróleo nos quatro primeiros meses do ano.

O sindicato que representa as distribuidoras e revendedoras de gás estima que o aumento no Rio Grande do Sul deve ser de R$ 2 a R$ 4. De acordo com o presidente do Singasul, Ronaldo Tonet, a variação se dá em razão da distância percorrida na entrega da carga. “Atualmente, nós estamos [com o preço] em torno de R$ 70 no botijão de 13 quilos, dependendo da distância que esse produto percorre da base de engarrafamento, geralmente em Canoas, até a localidade, o posto revendedor onde ele é comercializado no varejo”, explicou.

Tonet ressalta que o setor do gás é livre para fixar seus preços, levando em consideração critérios de mercado. “Nós temos, aproximadamente, 5 mil revendedores distribuídos nos 497 municípios do Estado do Rio Grande do Sul. Esses revendedores disputam mercado dentro da ideia da livre concorrência. Há cidades em que alguns revendedores conseguem trabalhar com margens maiores, outros têm que reduzir”, pontuou o presidente do Singasul.

Gás de cozinha na pandemia

Ao contrário do que ocorre em outros setores, a pandemia de Covid-19 acabou não prejudicando as vendas de gás de cozinha. Com mais pessoas em casa, obedecendo as orientações de confinamento, o uso do combustível aumentou.

Segundo Ronaldo Tonet, ainda não há estatísticas que comprovem os resultados. Contudo, o presidente do Singasul ressalta a tradição de alta no consumo durante os meses mais frios do ano. “Nós já observamos que, se tem alguns setores que se beneficiaram em termos de venda, em termos de aumento de mercado, um deles foi o setor essencial do gás de cozinha. Sim, os revendedores estão vendendo mais. Vendendo mais porque está frio, vendendo mais porque as pessoas estão cozinhando mais em casa”, completou o dirigente.

Em 2020, o botijão de 13 quilos perdeu 13,4% do valor em comparação aos números do ano passado. O preço médio do gás de cozinha em todo o Brasil é de R$ 69,87 – sete centavos a menos do que a média do Rio Grande do Sul.