Alvo do inquérito que investiga fake news no Supremo Tribunal Federal (STF), a ativista Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, recebeu nesta segunda-feira uma intimação para prestar depoimento na Polícia Federal dentro de dois dias.
Em um vídeo, ela aparece exaltada lendo o documento deixado pelos agentes em casa, em Brasília, e desafia a PF a ir buscá-la.
“Eu vou incorrer em crime de desobediência porque eu me nego a ir nesta b*. Eu não vou, eu não vou, não vou prestar esclarecimentos sobre a minha conduta, ordeira, disciplinada, de cidadã brasileira, eu não vou. Se a Polícia Federal quiser vir aqui me tratar igual bandido, com uma condução coercitiva, ela vai ter que se prostrar a isso”, afirmou.
Sara também se manifestou no Twitter — embora a decisão do ministro Alexandre de Moraes tenha determinado bloqueio das contas de redes sociais dos investigados pela PF.
Após a operação, na semana passada, a ativista ofendeu e ameaçou o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito.
“Queria trocar soco com esse f* da p*, esse arrombado. […] Pois você me aguarde, senhor Alexandre de Moraes. Nunca mais vai ter paz na sua vida. A gente vai infernizar sua vida, vamos descobrir os lugares que o senhor frequenta, a gente vai descobrir quem são as empregadas domésticas que trabalham para o senhor. A gente vai descobrir tudo da sua vida até o senhor pedir para sair. Hoje o senhor tomou a pior decisão da sua vida”, disse a jovem de 27 anos, também em vídeo.
No domingo, a revista Veja afirmou que já há um pedido de prisão pronto na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a ativista, que também lidera um acampamento montado na Esplanada dos Ministérios. Ela chegou a afirmar em entrevista que alguns dos integrantes do grupo tinham armas no local.
Também intimado hoje a depor, o blogueiro Allan dos Santos é dono de um site de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. No Twitter, Santos escreveu: “PF na minha casa NOVAMENTE. Já disse e repito: o GOLPE JÁ FOI DADO.”
