“Não é o ambiente que gera a contaminação, mas os hábitos das pessoas”, afirma Marchezan sobre a Orla do Guaíba

Prefeito aposta na compreensão das pessoas para seguir com distanciamento social apesar da flexibilização de bares, restaurantes e shoppings

Orla do Guaíba ficou lotada no final de semana passado (16 e 17 de maio). Foto: Mauro Schaefer / CP

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, voltou a defender a manutenção da Orla do Guaíba como espaço para que as pessoas possam praticar atividades e lazer mesmo em meio à pandemia de coronavírus. De acordo com Marchezan, “não é o ambiente que gera a contaminação e sim os hábitos das pessoas”.

“As pessoas que estão na Orla em uma roda de 10 pessoas trocando beijos, abraços e roda de chimarrão, elas têm um tanto de inconsequência e irresponsabilidade. Elas não estão fazendo isso porque estão na Orla. Elas fariam isso na frente da sua rua, na frente das suas casas, no seu condomínio. Não é a Orla que gera essa irresponsabilidade. Pelo contrário, a Orla gera uma oportunidade de distanciamento e um local arejado. Então, não é o ambiente que gera a contaminação e sim os hábitos das pessoas”, afirma o prefeito.

Marchezan disse ainda que espera uma responsabilidade individual dos cidadãos de Porto Alegre, a partir da retomada de praticamente todos os serviços na cidade. “Eu tenho expectativa que os porto-alegrenses possam entender que a responsabilidade individual de manter o distanciamento físico das outras pessoas e caprichar na higiene vai determinar se poderemos manter os serviços abertos ou a gente ter que voltar a uma estratégia de isolamento que seria muito triste”, ressalta.

A partir do novo decreto municipal, em vigor hoje, shoppings centers, galerias e centros comerciais, além de restaurantes, lancherias, bares, igrejas e templos, equipamentos culturais e empresas do setor do comércio e de serviços puderam retomar as atividades de forma parcial. A nova determinação autoriza o funcionamento dos serviços com 50% da capacidade. O funcionamento das atividades ainda deve respeitar as normas de higienização e distanciamento. A nova normativa também determina a oferta de máscaras de proteção facial a trabalhadores desses locais que utilizem o transporte público para o deslocamento.