Flávio Bolsonaro chama de “invenção” denúncia sobre vazamento de operação da PF no Rio

Senador rebateu acusação, feita pelo empresário Paulo Marinho

Foto: Beto Barata / Agência Senado / Divulgação / CP)

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, rebateu a acusação, feita pelo empresário Paulo Marinho, pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo PSDB, de que tenha recebido vazamento da Polícia Federal (PF) sobre investigações envolvendo o ex-assessor dele, Fabrício Queiroz. O senador classificou a acusação de “invenção” e afirmou que o empresário quer prejudicá-lo, já que é suplente de Flávio no Senado Federal.

Marinho repassou a informação em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. O empresário disse que o senador relatou, em uma reunião em dezembro de 2018, que teve conhecimento de forma antecipada da realização da Operação Furna da Onça, que alcançou Queiroz.

Segundo Marinho, Flávio Bolsonaro contou que recebeu o aviso de um delegado da PF do Rio. Simpatizante da eleição de Jair Bolsonaro, o agente, segundo Marinho, aconselhou o senador a tirar Queiroz do cargo. Amigo do ex-ministro Gustavo Bebianno, o empresário Paulo Marinho colaborou com a campanha presidencial de Bolsonaro, principalmente ao ceder a mansão dele, na zona Sul do Rio, como palco de reuniões e gravações de propaganda eleitoral. Com isso, acabou escolhido como suplente de Flávio Bolsonaro.

Em nota publicada na manhã deste domingo, em redes sociais, o senador escreveu que “o desespero de Paulo Marinho causa um pouco de pena” e que o empresário “preferiu virar as costas a quem lhe estendeu a mão”, ao trocar a “família Bolsonaro por Doria e Witzel”, e “parece ter sido tomado pela ambição”.

Marinho se tornou presidente regional do PSDB, no Rio, em uma articulação feita pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Quando Bebianno deixou o primeiro escalão do governo Bolsonaro, ainda em início de 2019, e rompeu com o presidente, filiou-se ao PSDB, despontando como pré-candidato à Prefeitura do Rio nas eleições deste ano. Com o falecimento de Bebianno, que teve um enfarte em março, Doria indicou Marinho como candidato.