Em vídeo, Weintraub pede prisão de ministros do STF e Damares, de governadores

Trechos de reunião ministerial de 22 de abril foram detalhados ao jornal O Estado de S.Paulo

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O vídeo da reunião ministerial de 22 de abril citada pelo ex-ministro Sérgio Moro no inquérito que investiga o presidente Jair Bolsonaro registra o ministro da Educação Abraham Weintraub dizendo ‘que todos tinham que ir para a cadeia, começando pelos ministros do STF’ e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves defendendo a prisão de prefeitos e governadores. Foi o que revelaram ao jornal O Estado de S.Paulo fontes que assistiram, nesta terça, à peça-chave no inquérito sobre suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

Também na reunião, conforme o Estadão, Bolsonaro chamou o governador de São Paulo, João Dória, de “bosta” e pessoas do governo do Rio de Janeiro de “estrume”.

Teve acesso às gravações, hoje, um restrito grupo de pessoas autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, relator do inquérito. A exibição ocorreu no Instituto Nacional de Criminalística da corporação em Brasília, “em ato único” – conforme determinado por Celso de Mello – com participação de Moro, integrantes da Advocacia-Geral da União e procuradores e investigadores responsáveis pelo caso.

Assessoria da Damares alega interpretação fora de contexto

A ministra Damares Alves, por meio da assessoria da Pasta, “disse que pediu a punição de prefeitos e governadores no contexto de desvios de insumos durante a pandemia e violação de direitos, citando como exemplo atos truculentos contra idosos que não respeitarem as regras de isolamento e distanciamento social”. Ainda segundo a assessoria, a ouvidoria do Ministério recebeu 8,5 mil denúncias nesse sentido.

Já a assessoria de comunicação do Ministério da Educação informou que Weintraub não vai se manifestar.