Oito em cada dez brasileiros sofrem impacto financeiro em meio a pandemia

Desses, 38,1% disseram ter sido muito impactados financeiramente

diinheiro
Foto: Marcello Casal / Agência Brasil / CP

Oito em cada dez brasileiros sofrem impactos financeiros em função da crise econômica causada pelo coronavírus. Levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas mostra que 82,8% dos entrevistados disseram ter sido impactados financeiramente durante a pandemia.

Desses, 38,1% disseram ter sido muito impactados financeiramente. 22,5% falaram ter sofrido impacto normal para uma crise e 22,3% disseram ter notado impacto pequeno. Apenas 15% relataram não ter sofrido impacto financeiro e 2,2% não responderam.

A pesquisa ocorreu durante os dias 5 e 8 de maio com 2,2 mil brasileiros das 27 unidades da federação. O grau de confiança é de 95% para uma margem estimada de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

A mesma pergunta havia sido feita pelo Paraná Pesquisas no meio de abril. Os resultados foram semelhantes, dentro da margem de erro. Em abril, 81,9% disseram ter sofrido impacto financeiro em função do distanciamento social.

O impacto financeiro do isolamento na vida dos brasileiros está diretamente ligado a mudança de hábitos de vida e de consumo. A pesquisa do Paraná detectou que 86% dos brasileiros disseram ter mudado hábitos ou costumes em função do coronavírus.

O medo de ser infectado pelo coronavírus aumentou em um mês, na comparação com a pesquisa de abril. Em maio, 66,5% dos entrevistados disseram ter medo de infecção pelo vírus. Já em abril o número era de 60,6%.

Em função da persistência do impacto financeiro da crise, caiu o percentual de brasileiros que se dispõem a manter o isolamento social independente do impacto financeiro. Em abril 53,2% responderam nesse sentido. Em maio, o percentual caiu para 49,9%.

Questionados sobre a vida em geral, se piorou ou permanece igual em função da pandemia, os brasileiros se dividem: 47,5% dizem que está igual, 47,6% dizem que piorou. Já os que dizem que melhorou são apenas 1,8%. Os que não sabem ou não responderam são 3,1%.