Estado muda regras de internação e garante acesso a leitos a pacientes com sintomas de Covid

Regras devem entrar em vigor na semana que vem

Foto: Alina Souza/CP

O governador Eduardo Leite apresentou hoje as normas que vão balizar a regulação de internações hospitalares, a partir da publicação da medida, prevista para a semana que vem. Em videoconferência, Leite disse que o conjunto de regras impede um “conflito de competências” e evita que hospitais se coloquem “em condições de recusa ao atendimento ao paciente”.

Dentre as medidas previstas, o tratamento precoce a pessoas que estejam com sintomas de infecção pelo coronavírus. Dessa forma, quem acessar o sistema de saúde nessas condições deve ter uma consulta de revisão após, no máximo, o quinto dia útil da procura. Se necessário, o estado garante a internação do paciente, em leitos clínicos ou de UTI, independente da disponibilidade na instituição de saúde em que tiver sido atendido.

Caso a lotação de leitos de UTI esteja saturada no hospital de referência, a regulação garante que o paciente ocupe um leito em um hospital da região ou da macrorregião. Se houver a necessidade do deslocamento, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) garante o transporte. Na tarde de hoje, a taxa de ocupação de leitos de UTI adulto, em um conjunto de 294 hospitais, era de 71,1%, com 38,3% dos respiradores sendo utilizados no momento.

“Estamos observando uma demanda menor em relação aos leitos clínicos. Temos disponibilidade e a internação em leitos clínicos precocemente pode, muitas vezes, aumentar, em casos de maior risco e gravemente, a possibilidade de cura”, apontou o governador. Para reforçar o número de leitos disponível a população, o governo estadual também publicou no Diário Oficial, nesta sexta-feira, a abertura de um edital para a compra de leitos privados de UTI adulto, dependendo da demanda.

As vagas serão disponibilizadas a pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave e àquelas com diagnóstico confirmado ou suspeita de Covid-19. O valor da diária de cada leito utilizado é de R$ 1,6 mil, o mesmo valor pago ao sistema de saúde estadual.

De acordo com a secretária Arita Bergmann, que participou da videoconferência nesta sexta-feira, a participação da rede privada no contingenciamento ao coronavírus ocorre de “forma complementar”.

O próximo passo do planejamento da SES no enfrentamento à Covid-19 é a ampliação de testes rápidos e PCR, principalmente onde o cenário epidemiológico se apresente mais crítico – como é o caso de Passo Fundo e Lajeado.