Brasil quer garantir “cota” em vacinas contra coronavírus

Ministro da Saúde manifestou preocupação no caso do surgimento de possíveis imunizações contra o vírus que o Brasil não tenha acesso

Foto: Alan Santos / Presidência

O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou, nesta quarta-feira, que o governo brasileiro conversa com laboratórios internacionais para tentar garantir “uma cota” em possíveis vacinas que se mostrem eficazes contra o novo coronavírus.

Segundo Teich, o objetivo é evitar que o Brasil fique sem acesso a eventuais formas de combater o novo vírus.

“A gente está conversando com possíveis laboratórios que vão produzir vacina, para que a gente possa garantir, caso surja uma vacina, que o Brasil tenha uma cota, uma parte. Porque um dos grandes riscos que existem hoje, ao surgir um medicamento novo, ao surgir uma vacina nova, é que a gente tenha a mesma realidade que aconteceu com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), com respirador, onde você começa a ter uma falta mundial naqueles lugares que não conseguem produzir.”

Em entrevista ao R7, o professor da Faculdade de Medicina da USP Jorge Kalil, que trabalha no desenvolvimento de uma vacina brasileira, ressaltou a importância de um produto nacional.

“Na melhor das hipóteses, um ano (para ser comercializada). Essa vacina, se nós não tivermos a nossa, se for feita na Inglaterra, primeiro eles vão vacinar os ingleses, depois americanos, depois europeus, depois chineses… Para nós termos acesso a essa vacina, vai demorar. Temos que ter uma fábrica que produza”, reforçou.