Ônibus não vão parar para quem estiver sem máscara em Porto Alegre

Medida entra em vigor nesta terça-feira na capital gaúcha

Foto: Alina Souza/CP

O prefeito Nelson Marchezan anunciou que os transportes públicos de Porto Alegre não vão mais parar para pessoas que não estiverem usando máscaras de proteção. A medida entra em vigor a partir desta terça-feira. Ele ainda sinalizou que cabe ás empresas fornecer o artigo a funcionários que fazem uso do transporte.

O uso obrigatório de máscaras em coletivos já havia sido determinada na semana passada, mas os primeiros dias foram de recomendações e de orientação. A decisão ocorre em paralelo à redução de 40% em viagens dos coletivos em dias úteis em Porto Alegre. A Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) aceitou a medida visando minimizar os impactos financeiros que as medidas de isolamento causaram nas empresas de ônibus.

Em números absolutos, isso representa um impacto em 169 linhas, das quais 31 serão desativadas totalmente. Mais 138 terão alteração nos horários, com parte delas funcionando apenas nos momentos de maior fluxo, entre 5h e 9h e das 16h às 19h.

Marchezan citou, ainda, que a cidade atingiu “falência absoluta do transporte coletivo”. A média de 800 mil passageiros por dia diminuiu, hoje, para 240 mil em média. “A gente já tinha encaminhado projetos (à Câmara) e vamos agora reestruturar isso e buscar um novo pacote, sendo vanguarda. Porque, se não, voltaremos às atividades econômicas, os mais pobres não vão ter como se locomover porque não terão um sistema de transporte público coletivo”, prometeu Marchezan.

Construção civil e indústria 
Ainda sobre o uso obrigatório de máscaras nos ônibus, Marchezan também enfatizou que a área da construção civil e as indústrias terão que fornecer o item para os funcionários fora do horário de trabalho.

“A ideia é que a indústria e a construção civil forneçam a máscara para seu funcionário usar no transporte coletivo e evitar a sua contaminação e de outras pessoas”, explicou.

A Prefeitura anunciou na semana passada a “liberação controlada” de atividades relacionadas a esses dois setores. Para atuar, empresas e profissionais devem aderir a protocolos de higiene e proteção à saúde para minimizar o contágio pelo coronavírus. O governo de Nelson Marchezan Jr. classifica a flexibilização como um passo rumo à “saída gradual” da quarentena.