O presidente Jair Bolsonaro ainda não bateu o martelo sobre quem vai substituir Sérgio Moro no Ministério da Justiça, que anunciou a saída do cargo na sexta-feira (24). No sábado, ele reuniu aliados no Palácio da Alvorada para discutir nomes. A escolha deve ocorrer até segunda-feira.
O preferido de Bolsonaro é o seu atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, que tem a confiança do presidente e de seus filhos. A avaliação no Palácio do Planalto, no entanto, é de que nomear alguém próximo neste momento pode potencializar as acusações de Moro, que ao se demitir disse que o presidente queria fazer interferência política na PF. Pelo mesmo motivo, a nomeação de Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para o comando da Polícia Federal, também está sendo repensada.
Um nome que ganhou força ontem para o lugar de Moro é o do desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região. Ele é uma indicação de integrantes da ala militar do governo. O nome do Advogado-Geral da União, André Luiz Mendonça, também passou a ser considerado.
A exemplo do que ocorreu em outras substituições de ministros, o grupo mais próximo ao presidente tenta encontrar nomes que possam ter respaldo na opinião pública e livrar o governo de críticas. Bolsonaro, por sua vez, insiste que precisa ter uma pessoa de confiança no cargo.
Caso a escolha recaia sobre Oliveira, o atual chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Flávio Rocha, iria para o seu lugar na Secretaria-Geral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.