Agressores de mulheres em ato pró-Bolsonaro admitem crime em depoimento à Polícia

Dupla deve responder pelo crime de lesão corporal

protesto indiciado

Foram ouvidos, nesta quarta-feira, os dois homens envolvidos em um caso de agressão a duas mulheres durante manifestação pró-Bolsonaro que pedia a intervenção do Exército para fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desse domingo, em Porto Alegre. De acordo com o titular da 17ª Delegacia de Polícia, delegado Cléber Lima, os agressores confessaram o crime, foram reconhecidos pelas vítimas e, até sexta, vão ser indiciados pelos crimes de lesão corporal, com o envio do inquérito à Justiça. Caso sejam condenados, a pena pode variar de três meses a um ano de prisão.

Conforme o delegado, os homens afirmaram que os atos de violência começaram após a “provocação da mulher que ficou nua, com a bandeira do Brasil e uma máscara com dizeres ‘fora Bolsonaro'” e que “isso desencadeou a raiva dos manifestantes”.

Na segunda-feira, o responsável pelas investigações ouviu as duas mulheres agredidas, além de duas testemunhas. Uma das vítimas já havia confirmado que os socos e pontapés se iniciaram após a amiga dela (nua e enrolada à bandeira do Brasil), subir em um muro da Igreja Nossa Senhora das Dores para pedir a saída de Bolsonaro.

O delegado havia salientado que a atitude da agressão resultou de um ato provocativo da jovem nua. Entretanto, Cléber Lima ponderou que, embora tenha havido um ato provocativo, a agressão física não se justifica.