Dezenas de manifestantes se reuniram, nesta terça-feira, na sede do Comando Militar do Sul, na esquina da avenida Padre Tomé com a rua 7 de Setembro, no Centro Histórico de Porto Alegre, para manifestar apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Munidos com camisetas e bandeiras do Brasil, eles defenderam, entre outras pautas, a intervenção militar e o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), a exemplo do que já havia ocorrido no domingo. Dessa vez, porém, não houve confusão.
Com o quadrilátero fechado, o grupo estacionou uma Kombi com caixa de som. Um microfone circulou de mão e mão, sem higienização, a cada manifestante que pedia para falar. Foi assim durante duas horas, com alguns usando máscaras de proteção. Idosos também marcaram presença no ato e se acomodaram em cadeiras de praia no meio da via.
Um dos organizadores do ato, Evaristo Pinheiro Righetto, explicou que o objetivo é garantir apoio ao presidente: “Nós não estamos tendo estabilidade porque estamos vivendo uma ditadura do Judiciário, que é a pior ditadura do mundo que pode existir. É um bando de bandidos e corruptos lá dentro”, disparou.
Righetto centrou as críticas no presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e no governador de São Paulo, João Doria, a quem atribuiu “o aparelhamento do Congresso” e a tentativa de “podar a democracia”. Para o manifestante, por não serem patriotas, ambos devem ser “expulsos do Brasil”.
“Pessoal às vezes é pouco esclarecido”
Sobre as faixas com pedidos de intervenção militar, ele entende que existe confusão entre na interpretação das pessoas: “Intervenção é uma maneira de reivindicação, hoje nem pode. Não existe intervenção no STF e no Congresso sem tirar o presidente. Pessoal às vezes é pouco esclarecido, a gente quer a proteção do Exército e do presidente Jair Bolsonaro”.