Governo busca, na China, primeira leva de materiais de proteção à Covid-19

Cargas devem pesar, ao todo, 960 toneladas, revelou ministro da Infraestrutura

Foto; Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Duas aeronaves contratadas pelo governo brasileiro chegaram ao Oriente Médio, de onde partem para a China, nesta quarta, para buscar a primeira remessa de equipamentos de proteção para profissionais de saúde, comprados pelo governo federal, e que serão usados no combate à pandemia do novo coronavírus. De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, serão realizados cerca de 40 voos, ao longo das próximas seis a oito semanas, com o objetivo de importar 960 toneladas de material.

“É realmente uma operação de guerra”, detalhou o ministro durante coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, para atualizar as ações do governo no combate à doença. O plano de logística do Brasil usa rotas aéreas com escalas no Oriente Médio e no norte da África. Conforme Tarcísio, dois Boeings 777 aterrissaram em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, e partem para Xiamen, na China, de onde retornarão com a carga.

A expectativa é que essa primeira leva, composta por 15 milhões de máscaras cirúrgicas, pesando 53 toneladas, chegue ao Brasil, pelo aeroporto internacional de Guarulhos (SP), até o próximo dia 21. De São Paulo, os equipamentos serão distribuídos, por via aérea e terrestre, para todas as regiões do país.

Doações da Vale

Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, o governo federal também recebeu, nessa terça, uma doação de equipamentos da empresa Vale do Rio Doce. São 660 mil máscaras modelo N95, 2,7 milhões de máscaras cirúrgicas comuns, 200 mil aventais e mais um milhão de testes rápidos para a Covid-19.