Geolocalização indica queda de distanciamento social após a Páscoa no RS

Estado não prevê punição a usuários que quebrarem isolamento, já que não acessa informações individuais, como nome do dono do celular e CPF

Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini / Divulgação

O governador Eduardo Leite apresentou, nesta terça-feira, o uso da ferramenta de geolocalização via celular para combate ao coronavírus. O objetivo é monitorar aglomerações durante a pandemia.

Após a implementação de políticas de restrições de atividades, os dados mostraram, de início, que 50% dos gaúchos monitorados aderiram ao distanciamento social. O pico, de 70%, ocorreu no primeiro fim de semana da recomendação, entre 20 e 22 de março. Depois da Páscoa, o índice caiu para 46,9%.

Amparada pela Lei Geral de Proteção de Dados e obtida por meio dos celulares dos usuários, a ferramenta não vai ser utilizada para monitorar informações pessoais contidas nos aparelhos, garante o governo. “A geolocalização identifica o perímetro onde o celular permanece à noite e compara, durante o dia, com a movimentação do aparelho, se permanece naquele perímetro ou muda de lugar”, explicou Leite.

O Estado não prevê punição a usuários que quebrarem o isolamento, já que não acessa informações individuais, como nome do dono do celular e CPF. De acordo com Leite, o estudo busca somente entender onde e por qual motivo ocorrem as aglomerações.