Suspender as quarentenas agora é perigoso, adverte OMS

Tedros Adhanom Ghebreyesus disse que os países devem garantir que a suspensão das restrições não vai gerar novos picos de infecção

Foto: José Cruz / Agência Brasil

Suspender as quarentenas agora, de maneira irresponsável e apressada, é perigoso, alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Ele ressaltou que também é a favor do fim das restrições, mas apenas se os países tiverem como garantir que não terão novos picos de infecção do coronavírus.

As quarentenas e restrições forçaram milhões de pessoas a ficarem em casa, afetando a economia e gerando mal-estar entre a organização e governos pelo mundo. Nos Estados Unidos, a quarentena não chegou a ser decretada em nível nacional, ainda que o país seja o epicentro da doença no mundo, e no Brasil a medida é criticada pelo impacto na economia.

Porém, países europeus, como a Itália e a Espanha, ambos com duas das maiores cifras de mortes do mundo, decidiram expandir a medida, que já dura mais de um mês.

Queda na Europa, aumento na África

Ainda que não esteja controlada, a pandemia de coronavírus desacelera na Europa e países como Itália, Espanha, França e Espanha, que já apresentaram queda nos números de mortes diárias pela doença. Porém, outros países vêm mostrando crescimento rápido no número de casos, como os do continente africano.

Outra preocupação da OMS também é o número crescente de médicos, enfermeiros e profissionais da saúde infectados pelo coronavírus. Em alguns países, o número de doentes pode chegar a até 10%.

Com isso, a organização prepara um novo envio de materiais médicos para os países que mais precisem dos equipamentos para proteger os médicos e evitar o aumento de número de contágios pelo coronavírus.