Após a Defensoria Pública ter recomendado às instituições de ensino particulares que ofereçam desconto nas mensalidades em meio à pandemia de Covid-19, o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) refutou a possibilidade, nessa quinta-feira.
O presidente da entidade, Bruno Eizerik, declarou, em entrevista para o Set Guaíba, que a sugestão da Defensoria é descabida e não vai ser acatada. A rede privada atende hoje cerca de 400 mil estudantes na educação básica e outros 350 mil no ensino superior do Rio Grande do Sul.
“Nós temos o maior respeito pela Defensoria Pública, mas a gente entende que não há o mínimo conhecimento para fazer uma recomendação como essa. A Defensoria desconhece que as escolas seguem prestando ensino educacional através de estudos domiciliares, de forma remota”, afirmou.
Eizerik reconhece que os valores gastos com água, luz e materiais de limpeza caíram, mas em apenas 3%, desde que as as aulas presenciais deixaram de ocorrer. Em contrapartida, lembra que várias escolas investiram em plataformas para manter o ano letivo à distância. Além disso, adverte que a concessão de desconto gera queda de arrecadação, o que impõe risco de demissões e queda da qualidade do ensino.
No ofício, a Defensoria também sugere que a rede privada não cobre multas ou juros dos pais e facilite o pagamento parcelado. Sobre esses itens, Bruno Eizerik garante que as instituições já vêm aplicando as medidas, caso a caso.
