O presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo (PP), vai encaminhar ao governador Eduardo Leite um protocolo de funcionamento para os setores de comércio, serviços e turismo em meio à pandemia de coronavírus, sugerido pela Fecomércio e apresentado em uma videoconferência com dirigentes de federações, nessa segunda-feira.
O objetivo da entidade é orientar os empresários desses segmentos sobre formas de evitar o contágio pela Covid-19, com destaque para a intensificação do uso de máscaras de proteção. Com isso, a Federação espera que Leite reavalie a política de fechamento das atividades comerciais no Rio Grande do Sul, por meio de uma retomada gradativa que ocorra ainda em abril. O decreto do governador que proíbe atividades não essenciais vale, em princípio, até o último dia do mês.
O material esclarece os empresários sobre o vírus e as consequências dele no organismo dos infectados e para o sistema de saúde. Também sugere medidas de prevenção destinadas aos trabalhadores e ao público (veja as principais, abaixo).
“Esperamos retomar as atividades o mais breve possível, dentro do protocolo de segurança que está sendo apresentado, mas quem vai decidir são as autoridades de saúde”, comentou o presidente do Sistema Fecomércio, Luiz Carlos Bohn.
O presidente da Assembleia comentou que a proposta da Fecomércio traça um caminho a ser seguido para contribuir à retomada gradual dos serviços, com os devidos cuidados com a saúde da população. Segundo ele, há distorções, especialmente nas pequenas cidades, onde a mobilidade se dá pé, de bicicleta e de carro – sem o uso ostensivo do transporte coletivo.
O que prevê o protocolo
Veja medidas previstas no guia elaborado às empresas pela Fecomércio:
- flexibilizar local e escala de trabalho para reduzir uso de transporte coletivo em horários de pico.
- avaliar a criação de novos turnos para reduzir contato social na empresa e de home-office em dias alternados por equipes.
- reduzir reuniões presenciais e viagens, estimulando reuniões em modo virtual
- restringir o acesso ao público externo.
- estabelecer diferentes turnos de refeição e tornar mais rigorosa a limpeza e desinfecção frequente de superfícies de equipamentos e mobiliário.
- Nos estabelecimentos pequenos, manter apenas uma entrada para os clientes, controlada por um funcionário com máscara, individualizando o atendimento.
- Com fila externa, respeitar distância de dois metros entre as pessoas.
- Para os estabelecimentos comerciais maiores, uma alternativa é estabelecer jornada reduzida de atendimento ao público, entrada regulada de pessoas ao interior, colocação de sinalização no chão informando a distância mínima entre clientes, avisos sonoros (informando as recomendações durante a pandemia, importância de manter o distanciamento no interior do estabelecimento), barreiras físicas entre funcionário e cliente.