Confusão deixa feridos entre detentos da Penitenciária Estadual do Jacuí

Tumulto entre grupos rivais ocorreu, no fim da noite passada, na casa prisional de Charqueadas

POLÍCIA
Motorista de 51 anos, natural de Piraquara, Paraná, morreu no acidente

A Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas, registrou uma confusão entre detentos, no fim da noite desse sábado. Policiais militares conseguiram conter os ânimos entre dois grupos rivais, em uma das galerias do complexo. A briga deixou feridos, embora sem gravidade.

Pelo WhatsApp, mensagens de áudio supostamente enviadas pelos PMs pediam reforço do policiamento no entorno, temendo um agravamento da situação. Pelo serviço de mensagens, também se espalhou o boato de que havia presos gravemente feridos e até mesmo mortes. A Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), o diretor da penitenciária, major Fabiano Henrique Dorneles, e o juiz da Vara de Execuções Criminais Regional da comarca de Novo Hamburgo, Carlos Fernando Noschang, desmentiram as informações.

De acordo com o major, eram 23h45min quando a galeria com 152 presos se dividiu em dois grupos, um deles com 110 e outro com 40. Munidos com tijolos e pedaços de madeira, os apenados começaram a trocar agressões. “A briga durou uns 15 minutos. Nisso, a BM interviu. Um grupo foi então para um pátio e o restante para o outro”, conta Dorneles. Depois de realizada a limpeza e a verificação das instalações, 37 dos apenados não quiseram retornar para o mesmo local e necessitaram ser alocados em outras alas da PEJ. Os presos ficaram feridos sem gravidade. A confusão, segundo apurou Noschang, decorreu da disputa pelo poder na galeria.

A PEJ é a segunda maior casa prisional do Rio Grande. Projetada para receber 1.422 condenados, a casa tinha ontem 2.648, somando os apenados do regime semi-aberto, que cumprem pena em um anexo da estrutura.

Há uma semana, em 29 de março, detentos da Penitenciária Estadual de Santana do Livramento promoveram um motim em um dos pavilhões, inclusive com alguns dos condenados subindo no telhado e ateando fogo em colchões. Houve também intervenção da Brigada Militar, que chegou a usar munição não-letal para dispersar a confusão, causada por causa da restrição a entrada de sacolas plásticas com alimento.