O setor funerário em Porto Alegre também precisou se adaptar às medidas de contenção ao novo coronavírus. O segmento reforçou, entre os funcionários, a necessidade de uso de equipamentos de proteção individual (EPIs). Até o momento, não há aumento de demanda motivado por óbitos causados por doenças respiratórias na cidade.
O vice-presidente da Associação das Empresas Funerárias de Porto Alegre (Aefpoa), Daniel Oberdan Mathias, o aumento de casos supostamente associados à Covid-19 ainda não se observa na cidade.
Conforme um decreto da Prefeitura publicado em 16 de março, os velórios não podem ter mais de 30% da capacidade de prevista no alvará de funcionamento ou no Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI).
Pessoas que morrem de doenças respiratórias, seja Covid-19 ou não, vêm sendo sepultadas ou cremadas sem velório. “No máximo, 15 minutos para despedidas por parte de familiares mais próximos”, informou Mathias. Caixões fechados também passaram a ser usados em todos os procedimentos funerários em Porto Alegre.
O presidente da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif), Lourival Panhozzi, disse não acreditar que o Brasil corra risco de repetir o ocorrido na Itália – de sobrecarga do setor funerário. “Somente se funcionários forem contaminados ou os suprimentos forem cortados”, projeta.
Panhozzi também identificou reclamações de associados pelo Brasil quanto a preços cobrados pelos fabricantes de caixões. Em Porto Alegre, essa situação ainda não se verifica.