O cronograma de pagamento das restituições do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) segue mantido, mesmo com o adiamento em dois meses do prazo de entrega em função da pandemia de coronavírus. Foi o que anunciou hoje o secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto.
De acordo com ele, o primeiro lote, previsto para 30 de maio, vai dar prioridade a idosos e pessoas com deficiência e com doença grave, como originalmente previsto. Em 2020, a Receita reduziu o número de lotes de restituição de sete para cinco. O pagamento, que ocorria de junho a dezembro, vai ser realizado entre maio e setembro, com um lote por mês.
Ontem, a Receita anunciou a prorrogação, por dois meses, da data limite de entrega da declaração. O prazo, que vencia em 30 de abril, termina agora em 30 de junho. Parte dos contribuintes relatou estar confinada em casa com dificuldades em obter documentos na empresa ou de conseguir recibos com clínicas médicas para a dedução de gastos.
Hoje, o Fisco anunciou o adiamento, para junho, do pagamento da primeira cota ou da cota única do Imposto de Renda. O órgão também revogou a exigência de que a declaração seja entregue com o número do recibo da declaração anterior, para evitar que contribuintes que perderam o recibo tenham que se deslocar a uma unidade da Receita.
Mais de 9 milhões já declararam
Em um mês de entrega da declaração do IRPF, mais de 9 milhões de contribuintes acertaram as contas com o Fisco. Até as 17h de hoje, 9.186.418 pessoas haviam enviado o documento à Receita Federal.
O volume de envios continua maior que o do ano passado, mesmo com o adiamento por dois meses do prazo de entrega. O total enviado equivale a 28,7% dos 32 milhões de declarações esperadas até o fim de junho.
No Rio Grande do Sul, foram entregues 585.669 declarações. O número corrresponde a 26% do total previsto, de 2,2 milhões.