Covid-19: Ministério da Saúde teme falta de equipamentos de proteção ainda em abril

Ministro Luiz Henrique Mandetta externou a preocupação e voltou a frisar a importância do isolamento social para frear o contágio

João Gabbardo dos Reis (D) ocupa secretaria-executiva do Ministério da Saúde na gestão de Luiz Henrique Mandetta | Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil/Divulgação
João Gabbardo dos Reis (D) ocupa secretaria-executiva do Ministério da Saúde na gestão de Luiz Henrique Mandetta | Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil/Divulgação

Em entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira, o Ministério da Saúde reconheceu o temor de que os estoques de equipamentos para combate ao coronavírus se esgotem ainda em abril. Ao responder uma das perguntas, o ministro Luiz Henrique Mandetta externou a preocupação e voltou a frisar a importância do isolamento social para frear o contágio e evitar a sobrecarga do sistema de saúde brasileiro.

De acordo com ele, no momento, todos os estados da Federação mantêm estoques. O ministro, porém, ressaltou a importância de manter a regulação, citando que as medidas de isolamento tomadas hoje só devem ser sentidas daqui a 14 dias.

“Esse vírus questiona a maneira como a sociedade se organizou”, disse Mandetta. Também em função dos problemas de logística, o ministro recomendou que as pessoas façam as próprias máscaras para saírem à rua em caso de necessidade extrema. “Pode funcionar bem como barreira ao vírus”, orientou.

Um estudo alertou para a falta de leitos e de equipamentos de EPI ainda em abril. De acordo com a publicação, isso pode ocorrer a partir do dia 21. A Pasta garantiu que segue trabalhando para evitar a subida da curva de contágio e das internações por coronavírus.

Sem risco de desabastecimento

Se o risco de desabastecimento preocupa o Ministério da Saúde, uma possível falta de alimentos é descartada pela Pasta da Agricultura. Também na coletiva, a ministra Tereza Cristina afastou o risco e garantiu que os pequenos produtores seguem trabalhando. de acordo com ela, o governo federal age para garantir o funcionamento normal das Centrais de Abastecimento em todo o país.