As empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) estão juntas em uma grande ação de responsabilidade social neste momento de crise provocada pela pandemia de Covid-19. Os associados estão na linha de frente de iniciativas em prol de instituições com sede nas comunidades onde estão inseridas – atendendo a pessoas do grupo de risco e que estão em situação de vulnerabilidade social, em meio ao caos provocado pela doença.
Um exemplo de ação social vem do Grupo Tangará, indústria que mantém unidades em diversas cidades brasileiras, incluindo Estrela (RS). A empresa realizou a doação de 500 quilos de composto lácteo a base de café para atender às necessidade dos idosos da Fundação Vovolândia São Pedro. De acordo com Luciano Marques, gerente de Gestão de Pessoas da Tangará Foods, o objetivo é contribuir com essas entidades, fazendo com que os recursos que seriam destinados à compra de alimentos como leite e café, sejam agora direcionados a aquisições de equipamentos que possam auxiliar no atendimento dos pacientes diante desta pandemia. Marques adianta que as mesmas doações estão ocorrendo também em Minas Gerais e no Espírito Santo.
Também em Estrela, a Latvida está doando leite para atender às necessidades do hospital local da cidade, o Divina Providência. A indústria vai suprir a demanda de leite dos pacientes internados pelo período de 30 dias. Segundo a empresa, a ação de solidariedade vem para reduzir os danos causados pela pandemia, e considera ainda os benefícios do leite para o sistema imunológico das pessoas – essencial para fortalecer o organismo contra uma eventual contaminação.
Solidária com as comunidades onde mantém suas operações, a CCGL anunciou aporte de R$ 250 mil. O recurso será empregado na aquisição de insumos para hospitais em Rio Grande e Cruz Alta e para a distribuição de cestas básicas a famílias carentes que estão sem renda em função do isolamento da quarentena. Segundo o presidente da CCGL, Caio Vianna, a empresa estará acompanhando o desenrolar dos próximos dias, sempre atenta às estratégias para minimizar os efeitos e transmissão da epidemia, mas buscando, dentro das recomendações médicas de segurança, manter suas operações e colaborar para que as unidades de saúde tenham condições de atendimento da população e também que as pessoas mais fragilizadas financeiramente tenham um apoio alimentar neste momento difícil.
Vianna, que também é vice-presidente do Sindilat, entende que este é um momento de mobilização de toda a sociedade, e é essencial que cada um ajude como pode dentro de suas possibilidades sem achar que os governos têm condições, isoladamente, de resolver os problemas decorrentes da crise sanitária. A CCGL segue fazendo a sua parte na manutenção dos postos de trabalho, fornecimento de alimentos e entregas dos mesmos, bem como as operações no escoamento da safra agrícola através dos terminais Termasa e Tergrasa no Porto de Rio Grande. Para isso, implantou rígidas normas, reorganizou os turnos, liberou parte dos funcionários para home office e concedeu férias. A estimativa de Vianna é que as unidades estejam operando com 80% da força de trabalho.
Já a Laticínio Stefanello está direcionando à Associação Hospitalar São José, com sede em Rodeio Bonito (RS), diversos itens do segmento lácteo, segundo o diretor geral Ricardo Stefanello. São 70 mil quilos de queijo mussarela, 30 mil unidades de queijo parmesão ralado e outras 50 mil unidades de requeijão cremoso que vão ajudar a instituição a passar pelo período de crise sem ter que desembolsar recursos para esta finalidade. As doações foram efetivadas na segunda-feira e a entrega está prevista para os próximos dias.