Brasil chega a 92 mortes por Covid-19; número de casos passa de 3,4 mil

País teve mais 15 mortes e 502 casos da doença nas últimas 24 horas

Foto: Ricardo Giusti/CP

O levantamento mais recente do Ministério da Saúde, da tarde desta sexta-feira, mostra que o país registrou mais 15 mortes e 502 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 92 óbitos desde a terça-feira passada, quando São Paulo confirmou o primeiro.

De acordo com o Ministério, as cidades paulistas já tiveram 68 mortes atribuídas à Covid-19. Também ocorreram 10 óbitos no Rio de Janeiro, quatro em Pernambuco, três no Ceará, dois no Paraná e no Rio Grande do Sul. Amazonas, Goiás e Santa Catarina tiveram um caso, cada.

O número de casos em todo o País chegou a 3.417. Ontem, eram 2.915 pessoas com diagnóstico de Covid-19 confirmado em laboratório.

Em comparação com o início da semana, quando eram 25, o número de óbitos multiplicou 3,68 vezes. A taxa de letalidade chegou ao máximo da semana, ficando em 2,7%.

O número de casos novos – 502 – atingiu o número mais alto da série histórica. São Paulo acumula 1.233. O estado, epicentro da epidemia no país, é seguido pelo Rio de Janeiro (493), Ceará (282), Distrito Federal (230), Rio Grande do Sul (195) e Minas Gerais (189).

Também registraram casos Santa Catarina (149), Paraná (119), Bahia (115), Amazonas (89), Pernambuco (56), Goiás (49), Espírito Santo (47), Rio Grande do Norte (28), Mato Grosso do Sul (28), Acre (25), Sergipe (16), Maranhão (13), Pará (13), Alagoas (11), Mato Grosso (11), Roraima (10), Paraíba (nove), Piauí (nove), Tocantins (oito), Rondônia (seis) e Amapá (dois).

No que se refere ao perfil das vítimas, 89% tinham acima de 60 anos, 35% eram mulheres e 65% eram homens. Em relação às doenças relacionadas, 47 tinham alguma doença cardíaca, 34 eram diabéticos, 17 tinham quadro de pneumonia, e 10 alguma complicação renal.

O número de internados é de 149 em enfermaria e 186 em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). As hospitalizações desde o início dos casos somaram 497, o equivalente a 3,5% das entradas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Perguntado sobre a confirmação da covid-19 como causa de mortes, o secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou que “o diagnóstico sempre vai ser realizado”. Não vai haver subnotificação. O que pode haver é retardo”, comentou.

O secretário de vigilância em saúde, Wanderson de Oliveira, comentou que em algumas situações pode ser difícil fazer a confirmação, especialmente pelo fato de o país ainda não contar com testes rápidos para o novo coronavírus.

“Vamos ter resultados de caso no futuro que vamos descobrir que evoluíram a partir de infecção pelo novo coronavírus. Todo óbito passa pela avaliação do comitê de óbito, isso às vezes demora sete ou 10 dias. Enquanto não tivermos testes sorológicos, teremos situação de casos impossíveis de serem classificados”, acrescentou. Os testes sorológicos, ou rápidos, fazem parte dos 22,9 milhões de kits que tiveram compra anunciada nesta semana.

O secretário ainda reiterou a importância de seguir as recomendações de prevenção apresentadas pelo Ministério da Saúde: “É importante que a pessoa evite aglomerações, este período, para que epidemia possa passar. Isso é período passageiro, não é eterno. E vai ser tão curto quanto mais pessoas aderirem às medidas de proteção”, destacou.