O anúncio da inclusão das casas lotéricas na lista de serviços essenciais pelo governo federal foi bem recebido entre as lideranças do setor no Rio Grande do Sul. Segundo mensagem do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais, das 12.956 agências de todo o Brasil, 2.463 foram fechadas via decreto estadual ou municipal. O número corresponde a 19% dos estabelecimentos.
O presidente do Sindicato dos Agentes Lotéricos do RS disse ter conversado diretamente com Bolsonaro, na quarta-feira, para apresentar as demandas do setor. Para Marco Antônio Kalikowski, a rede lotérica quer cumprir seu papel social durante a pandemia de coronavírus. “Somos cerca de 800 lojas aqui no Rio Grande do Sul, onde mais de 50% de todos benefícios sociais, como Bolsa Família, seguro-desemprego, entre outros, são pagos em nossas lojas”, afirmou. “Muitos aposentados, praticamente, nunca foram a um caixa bancário, concentram seus pagamentos em nossas lojas. Grande parte de nossos clientes é da população desbancarizada, possuem somente o Cartão Cidadão”, completou o presidente do Sincoergs.
Pedido aos prefeitos
O presidente do Sincoergs pediu ainda a compreensão dos prefeitos, para que sigam o decreto presidencial e autorizem o funcionamento da rede. “No meio de tantas medidas tomadas pelo governo para atender essas pessoas, como que essas medidas seriam postas em práticas sem a participação da rede lotérica”, questionou.
A autorização ainda não foi ratificada no Decreto 10.282. No entanto, as agências já preparam a abertura das lojas. O retorno do setor deve acontecer gradualmente, segundo Kalikowski, de acordo com o movimento dos clientes. As casas lotéricas estão sendo orientadas a reforçar as medidas de higiene e segurança para evitar a contaminação de funcionários e do público.
