A Secretaria da Administração Penitenciária do Rio Grande do Sul concluiu, no fim da tarde dessa terça-feira, a remoção, para o sistema penitenciário, de 116 presos que permaneciam retidos, de forma provisória, em delegacias de Polícia.
Com a medida, a Pasta cumpriu a decisão do presidente do Tribunal de Justiça gaúcho, Voltaire de Lima Moraes, que, no sábado, determinou o esvaziamento das DPs em até 72 horas, a pedido da Ugeirm, sindicato que representa parte dos agentes da Polícia Civil.
Na sexta passada, o desembargador condicionou as transferências à realização prévia de testes de Covid-19 nos detentos provisórios mas, um dia depois, reviu a decisão, fixando o prazo.
Os agentes penitenciários trabalharam, em regime de esforço concentrado, para transferir os detentos – a maioria deles em delegacias de Novo Hamburgo e São Leopoldo, no Vale do Sinos.
De acordo com a Superintendência dos Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul, as remoções só foram possíveis porque servidores do órgão iniciaram, no sábado, a reforma de dois prédios, um junto ao Instituto Psiquiátrico Forense, no bairro Partenon, em Porto Alegre, e outro em Montenegro, no Vale do Caí.
“Com os locais preparados, restou organizar e realizar o trabalho de transferência, em parceria com a Polícia Civil”, divulgou a Susepe, em nota, na noite dessa terça.
O secretário da Administração Penitenciária. Cesar Facciolli, elogiou a diligência dos servidores na busca por uma solução de emergência: “Foi mais uma demonstração de profissionalismo e dedicação dada pelo nosso efetivo, nessa crise sem precedentes”, afirmou.
Já o superintendente da Susepe, Cesar da Veiga, destacou o engajamento da força penitenciária em “zerar os presos em delegacias, em plena crise do coronavírus, em um tempo recorde”.