Ministro da Saúde pede que brasileiros evitem uso de álcool líquido e cloroquina

Mandetta também pediu equilíbrio e medidas coordenadas a prefeitos e governadores

Foto: Isac Nóbrega/PR

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou, neste domingo, estar muito preocupado com a autorização para a venda de álcool líquido, em farmácias, devido à falta de álcool gel. Ele teme que o etanol líquido seja utilizado em fogareiros e que as pessoas utilizem o produto no corpo ou próximo de fumantes.

“A única coisa de que não precisamos é queimadura e fumaça nessas horas, que é o que mais utiliza hospital, CTI e ventilador”, afirmou Mandetta. “Não façam disso um grande arrependimento, principalmente em comunidades no Rio de Janeiro e da Baixada Santista.”

O ministro disse ser preferível utilizar água sanitária para fazer a limpeza dos ambientes, já que o produto não é inflamável. “É preferível, pois não é inflamável.”

Cloroquina

Luiz Henrique Mandetta também pediu ao público que não compre o remédio cloroquina como maneira de se prevenir contra o coronavírus. Ele também pediu “equilíbrio” nas políticas tomadas para enfrentar a pandemia.

“Precisamos que todos os farmacêuticos sejam responsáveis de fato e não vendam a cloroquina sem receita. É um remédio importante para pacientes com malária, lúpus e artire reumatoide e eles não podem ficar sem”, disse.

O ministro ressaltou que a substância causa fortes efeitos colaterais, que “podem ser mais graves que uma gripe” e que, caso a eficácia contra a covid-19 seja comprovada, a cloroquina deve ser usada apenas em casos mais graves da doença. O remédio pode causar dores de cabeça, vômitos, diarreia até problemas cardíacos, nos casos piores.

Equilíbrio nas ações

Além disso, Mandetta pediu “equilíbrio” nas ações que vêm sendo tomadas localmente para tentar evitar uma propagação ainda maior do coronavírus no Brasil. “Temos que ter equilíbrio para tomar ações com planejamento”, disse o ministro.

“Senão, faz com que o remédio seja mais amargo que a situação”, ele falou, ao comentar as diversas ordens de quarentenas emitidas por prefeitos e governadores. “É fácil dar a ordem de parar difícil é reabrir depois.”

Ele afirmou ter preocupação com as cadeias de produção, especialmente de ventiladores e respiradores para atender às demandas dos hospitais do Brasil e até mesmo de outros países.