O secretário da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, anunciou em coletiva neste sábado que subiu de nove para 15 o número de mortos, no estado, em função do novo coronavírus. Com mais três óbitos no Rio, o total no País sobe para 18.
De acordo com Germann, há outras 34 pessoas em UTIs de cidades paulistas, com 396 casos confirmados da doença. Os dados divulgados hoje foram atualizados até as 18h dessa sexta, informou o secretário.
Na sequência, o infectologista David Uip, coordenador do grupo de apoio criado para combater o coronavírus, alertou que há bairros do estado nos quais a rotina não mudou e as pessoas não estão se protegendo. “É preciso levar a sério essa doença”, declarou.
Quarentena a partir de terça
Na oitava entrevista coletiva do governo de São Paulo sobre o coronavírus, o governador Joao Doria (PSDB) anunciou neste sábado que os 645 municípios do estado entrarão em quarentena a partir de terça-feira, por 15 dias.
A quarentena, explicou Doria, significa o fechamento de todos os comércios e serviços não essenciais à população pelo período de 15 dias, de 24 de março a 7 de abril.
Doria acrescentou que lanchonetes, bares e restaurantes só poderão funcionar através do serviço de delivery, mas que supermercados e padarias, que servem como mercados de bairro, podem continuar operando.
O governador anunciou ainda que serviços de transporte público como trens, ônibus, metrôs, aplicativos e táxis seguem funcionando, “com os resguardos necessários para evitar a propagação do vírus”.
Também seguem operando serviços de segurança pública e de saúde.
Ele também, ao lado do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), reforçou para a população proteger as pessoas com mais de 60 anos, grupo mais vulnerável à covid-19.