O sistema de saúde pode entrar em colapso em abril em decorrência da pandemia do novo coronavírus, disse hoje o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante videoconferência da qual participaram o presidente Jair Bolsonaro e representantes de associações empresariais brasileiras, hoje.
“No final de abril o sistema entra em colapso. O colapso é quando você pode ter o dinheiro, o plano de saúde, a ordem judicial, mas não há o sistema para entrar”, afirmou o ministro.
A estimativa do Ministério da Saúde é que haja um crescimento dos casos do Covid-19 nos próximos 10 dias, uma subida mais aguda em abril, permanecendo alta em maio e junho. A partir de julho, a expectativa é de início da desaceleração. Em julho, o governo prevê o chamado plateau (estabilidade) e em agosto um movimento de queda.
Mas a intensidade depende das medidas adotadas e do comportamento das pessoas, destacou Mandetta. Nesse sentido, o ministro reiterou a importância da redução de circulação e iniciativas de isolamento.
“Para evitar esse colapso eventualmente pode ser necessário segurar a movimentação para ver se consegue diminuir a transmissão. Quando tomamos medida de segurar 14 dias, o impacto só é sentido 28 dias depois. A cadeia é sustentada e você quebra”, comentou Mandetta.
Isolamento
Ontem, o Ministério divulgou um novo protocolo para os postos de saúde. Nos locais com transmissão comunitária (São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Belo Horizonte e Santa Catarina) pessoas com sintomas do novo coronavírus terão um atendimento agilizado e serão colocadas em isolamento por 14 dias assim como familiares e todos os idosos com idade acima de 60.
Nos locais sem transmissão comunitária, pessoas com sintoma de Covid-19 devem buscar os postos de saúde e ficar em isolamento, com monitoramento a cada 48 horas. Casos mais graves serão encaminhados para atendimento hospitalar.
