Amapergs quer diálogo com Estado para evitar contágio de Coronavírus nas cadeias

Sindicato representa cerca de 5,5 mil servidores penitenciários que atuam nas cadeias gaúchas

amapergs presídio central
Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Rio Grande do Sul (Amapergs) pretende discutir com o governo gaúcho medidas para evitar contágio do Coronavírus nas cadeias gaúchas. O presidente da entidade, Saulo Felipe Basso dos Santos, deve buscar uma agenda com o Executivo.

O sindicato representa cerca de 5,5 mil servidores penitenciários que atuam nas cadeias gaúchas. Atualmente, o Estado possui 44 mil apenados.

Segundo o presidente, “as cadeias do RS têm uma situação peculiar e algumas medidas podem ser adotadas a partir de agora, como restrição de visitas e pausa na movimentação de presos, além de implementação de centros de triagem regional para que os presos com suspeita de coronavírus fiquem isolados”.

Medidas nos presídios

No último dia 16, a Secretaria de Administração Penitenciária e a Superintendência dos Serviços Penitenciários editaram medidas de combate ao Coronavírus nos presídios. Entre elas, a suspensão de visitas pelo prazo de 15 dias, a contar de 23 de março. Já estão vedadas as visitas de idosos acima de 60 anos, crianças de até 12 anos incompletos e gestantes. Além disso, fica estabelecido o limite de um visitante por preso.

Também foram suspensas visitas de organizações sociais e de instituições religiosas, assim como as aulas de Ensino de Jovens e Adultos (EJA) nas cadeias gaúchas. Já a suspensão temporária da realização de audiências com escolta de presos vai ser editada em uma norma conjunta, com o aval do Poder Judiciário.

Presos em delegacias 

Em função da pandemia de Coronavírus, a Ugeirm Sindicato, que representa os policiais civis, protocolou um pedido no Poder Judiciário para que novos presos não sejam colocados nas delegacias. Em nota oficial, a entidade de classe destaca que foi solicitado também que “o Estado providencie, urgentemente, a retirada dos que lá estão, acomodando-os em estruturas sob a guarda da Susepe, órgão responsável pelo controle carcerário”.