PGR defende repasse de R$ 1,6 bi da Lava Jato para conter coronavírus

Valor sugerido por Aras refere-se a montante recolhido pela operação e destinado à área da Educação, ainda não utilizado

Foto: Reprodução / Correio do Povo

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu nesta quinta-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF), que R$ 1,6 bilhão recuperados pela Operação Lava Jato sejam destinados ao Ministério da Saúde para o combate ao novo coronavírus. Segundo Aras, o valor refere-se ao montante destinado à área da Educação, mas ainda não utilizado. A decisão cabe ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. “Esse cenário, portanto, exige que ações emergenciais e extraordinárias sejam adotadas com o fim não apenas de conter a propagação e contágio do vírus, mas também de cuidar dos doentes e públicos prioritários, afirmou Aras.

No ano passado, Alexandre de Moraes suspendeu o acordo feito entre a força-tarefa da Operação Lava Jato e o governo dos Estados Unidos para ressarcimento dos prejuízos causados a investidores norte-americanos pelos casos de corrupção na Petrobras. Moraes entendeu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) detém a prerrogativa para atuar nesses casos, e não a primeira instância do Ministério Público.

Em agosto de 2019, um acordo homologado pelo ministro estipulou que R$ 2,6 bilhões do fundo sejam divididos — R$ 1,6 bilhão seriam destinados a ações voltadas ao incentivo à educação e R$ 1 bilhão para a proteção ao meio ambiente.