Fábrica clandestina de cigarros é descoberta em operação conjunta em São Sepé

Organização criminosa falsificava conhecidas marcas paraguaias e faturava meio milhão de reais por dia

cigarros são sepé
Mais de 100 mil maços eram produzidos diariamente em uma propriedade rural na BR 392 | Foto: Polícia Civil / CP

Um esquema milionário de falsificação de cigarros no Rio Grande do Sul foi alvo de uma ofensiva na manhã desta quinta-feira. O esquema envolvia até uma fábrica clandestina. A operação “B.O”., conta com a participação da Polícia Civil, Ministério Público do Estado, Polícia Rodoviária Federal e Instituto-Geral de Perícias. Mais de 15 pessoas já foram presas em uma propriedade rural situada às margens da BR 392, no município de São Sepé. Maquinário e insumos para a fabricação de cigarros, além de caminhões para transporte, estão entre o material apreendido.

As investigações duraram cerca de quatro meses. A fábrica clandestina de cigarros estava em funcionamento havia cerca de um ano, sendo produzidos por dia mais de 100 mil maços de cigarros falsificados com nomes de conhecidas marcas paraguaias. A média diária era de 200 caixas do produto, contendo cada um 50 pacotes, que posteriormente era revendido para várias regiões do Brasil e até mesmo para o Uruguai. O trabalho investigativo apurou que o faturamento ficava em torno de meio milhão de reais por dia. A organização criminosa era formada por um grupo que reside em outros estados e gerencia a produção remotamente.

Pela Polícia Civil, a coordenação da operação está com a Delegacia de Polícia de Proteção ao Consumidor do Departamento Estadual de Investigações Criminais de Porto Alegre, sob comando do delegado Joel Wagner, e da Delegacia de Polícia Regional de Santa Maria, chefiada pelo delegado Sandro Meinerz. Já no Ministério Público do Estado, o trabalho é conduzido pela Promotoria Especializada do Consumidor, com o Promotor de Justiça Alcindo Bastos. Por sua vez, a Polícia Rodoviária Federal mobilizou o Núcleo de Operações Especiais.