Após registrar a primeira morte pelo coronavírus (Covid-19) hoje, a atualização do Ministério da Saúde registrou 291 casos, contra 234 identificados ontem. A maior diferença se deu nos casos suspeitos, que pularam de 2.064 para 8.819, quase quatro vezes.
São Paulo segue liderando, com 164 casos confirmados de Covid-19. O estado vem seguido do Rio de Janeiro (33), Distrito Federal (22), Pernambuco (16) e Rio Grande do Sul (10). Também possuem casos Santa Catarina e Minas Gerais (sete), Goiás e Paraná (seis), Ceará (cinco), Sergipe e Mato Grosso do Sul (quatro), Bahia (três) e Amazonas, Rio Grande do Norte, Alagoas e Espírito Santo (um).
Vinte e oito pacientes recebem atendimento hospitalar, em torno de 10% do total. As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro se mantêm como as únicas onde ocorre transmissão comunitária de coronavírus (em que não é possível determinar a origem da infecção de uma ou mais pessoas). Há 35 casos do tipo nas duas cidades.
Em relação aos casos suspeitos, São Paulo soma 5.047, seguido do Rio de Janeiro (859), Minas Gerais (563), Bahia (354), Rio Grande do Sul (300) e Distrito Federal (253). A região com menor número de suspeitas continua sendo a Norte (96), enquanto a com mais pessoas em investigação é a Sudeste (6.538). Os casos descartados foram 1.899, até o momento.
Do total, 57% foram casos importados (aqueles contraídos fora do país), 32% oriundos de transmissão local (adquiridos de pessoas que foram infectadas fora do país) e 12% resultado de transmissão comunitária (quando as autoridades não conseguem identificar a cadeia de infecção e o primeiro paciente ou quando já ultrapassou a quinta geração da rede de contágio). Outros 2% permanecem em investigação.
Aumento de casos nos próximos meses
A avaliação apresentada pelo ministério é que a situação deve piorar nos próximos meses, com aumento dos casos de infecção. A situação, se adotadas as medidas e recomendações, só deve resultar em um alívio do quadro no segundo semestre.
“Vamos passar 60 a 90 dias de muito estresse. Para que quando chegar no fim de julho entra no plateau [estabilidade]. Em agosto e setembro podemos estar voltando [a normalidade] desde que construamos a imunidade de mais de 50% das pessoas”, projetou Mandetta.
O ministro ponderou que com o aumento das iniciativas de distanciamento social é preciso ter atenção para não gerar impacto prejudicial. “Temos que ter cuidado com medidas restritivas que impeçam abastecimento de grandes eixos. Temos que tomar medidas mas sem causar mais problemas”, ponderou.
Óbito
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou hoje a primeira morte no país em decorrência do coronavírus. O paciente era um homem, de 62 anos, morador de São Paulo, que também tinha comorbidades como diabetes e hipertensão.
Ele deu entrada em um hospital privado, não identificado, no sábado, e faleceu ontem. Os primeiros sintomas se manifestaram no dia 10 de março. O paciente não tinha histórico de viagem.
Quatro óbitos seguem sendo investigados em São Paulo por suspeita de infecção pelo Covid-19.
As informações foram repassadas pelo secretário de Saúde estadual de São Paulo, José Henrique Germann, e do infectologista David Uip, coordenador do Comitê de Contigência do Coronavírus em São Paulo.
Veja o número de casos confirmados, conforme o boletim oficial:
São Paulo: 164
Rio de Janeiro: 33
Distrito Federal: 22
Pernambuco: 16
Rio Grande do Sul: 10
Santa Catarina: 7
Minas Gerais: 7
Paraná: 6
Goiás: 6
Ceará: 5
Sergipe: 4
Mato Grosso do Sul: 4
Bahia: 3
Amazonas 1
Rio Grande do Norte: 1
Alagoas: 1
Espírito Santo: 1