O presidente Jair Bolsonaro anunciou, nesta terça-feira, que participa de duas entrevistas coletivas, nesta quarta-feira, sobre o coronavírus, que matou pelo menos uma pessoa em São Paulo e infectou, oficialmente, 291 pacientes, embora o número já seja maior.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a primeira coletiva, prevista para 14h30min, reúne ministros do governo, e a segunda, às 20h30min, deve contar com a presença dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro, do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e do procurador-geral da República, Augusto Aras. Essa, de acordo com ele, ainda está sendo “costurada”.
“Às 14h30min, estaremos à disposição da imprensa, todos os meus ministros. Vamos fazer uma breve explanação e estaremos aí no total de uma hora à disposição de todos vocês”, disse.
Para Bolsonaro, a agenda que vai reunir todos os Poderes demonstra que há união para o “bom combate” de uma causa que afeta a todos e que o “interesse nacional” está acima de qualquer um. “Metade dessas pessoas (do encontro entre os Poderes) já foram contatadas e aceitaram, a intenção é demonstrar que os Poderes, que acima de qualquer um de nós, está o interesse nacional”, disse.
A presença de todos ainda não está confirmada. O presidente disse que Maia já teria aceitado participar da coletiva, “se não me engano”. “Eu acho que todos estarão presentes amanhã”, disse Bolsonaro, que contou ter falado diretamente com Toffoli.
O reunião é anunciada após a crise institucional ter se aprofundado nesta segunda-feira. Ontem, Bolsonaro acusou o Congresso de usar o avanço do coronavírus para uma “luta pelo poder”.
No início da noite, Bolsonaro voltou a pedir que as pessoas não se “apavorem”, e que, além da questão humanitária, o governo também está preocupado com o aspecto econômico da crise gerada pela pandemia.
“Independente de comitê de crise, todos os ministros já estão há algum tempo trabalhando para enfrentar esse problema. A minha mensagem é para que não se apavorem, nós vamos ter que passar por essa onda. Agora, se o pânico chegar no meio, tudo fica pior. Estamos preocupados com a questão humanitária, de vidas, mas também com a questão econômica”, disse.
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