O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou, nesta segunda-feira, medidas que efetivamente põem o país em quarentena contra o coronavírus, que não para de se espalhar, a exemplo do que já aconteceu na Itália e na Espanha.
A partir do meio-dia de terça-feira, não serão permitidas reuniões familiares nem de amigos e os deslocamentos serão restringidos, com exceção de motivos de trabalho, médicos ou para comprar alimento. A medida deve durar por pelo menos 15 dias.
“Estamos em guerra, em uma guerra sanitária. É claro que não lutamos contra um exército nem contra outra nação, mas o inimigo está aí, invisível e traiçoeiro, e avançando. Isso requer nossa mobilização geral”, disse.
Ajuda econômica
A mobilização também vai ser econômica, segundo Macron. O governo vai criar um Fundo de Solidariedade para ajudar os empresários e uma redução de encargos sobre folhas de pagamento, além de uma garantia estatal de 300 bilhões de euros (cerca de R$ 1,7 bilhão) para empréstimos pedidos pelas empresas de pequeno porte.
O presidente francês anunciou também que um hospital militar de campanha vai ser aberto nos próximos dias na região da Alsácia, no leste do país. Ele também vai colocar o exército para ajudar a transportar os pacientes das zonas mais afetadas, para reduzir a lotação dos hospitais.
Além disso, o governo anunciou que o segundo turno das eleições municipais, marcado para o próximo domingo, vai ser adiado, ainda sem prazo definido.
