Universidades e escolas no Rio Grande do Sul podem ter impacto direto por conta da pandemia do novo coronavírus. Algumas instituições decidiram paralisar as atividades, pelo menos por uma semana.
A ESPM foi a primeira universidade no Rio Grande do Sul a anunciar cancelamento de aulas devido ao coronavírus. Logo depois, a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) suspendeu as aulas de graduação até o dia 28 de março para prevenir contágios pela doença. Matrículas e processos seletivos, no entanto, seguem mantidos normalmente.
A direção da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) também anunciou a suspensão das aulas por três semanas, a partir da próxima segunda. Em publicação, a UFPel informou que os estudantes envolvidos em atividades acadêmicas consideradas essenciais receberão orientações em cada Unidade. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) anunciou que desde sexta-feira todas atividades extracurriculares foram suspensas, com o objetivo de prevenir o Covid-19. A instituição de ensino, no entanto, reitera que as aulas seguem normalmente e que pode alterar as ações, se necessário.
A Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) também emitiu comunicado informando que as aulas na instituição estão suspensas, de 16 a 28 de março. Também foram suspensas as atividades em locais de prática, exceto estágios, que atenderão às regras de cada local. O Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) confirmou também a suspensão, a partir de amanhã das aulas nos 17 campi. A medida fica em vigor até o dia 21.
A reitoria da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) também emitiu uma nota sobre a posição da universidade em relação às aulas. Segundo o documento, as aulas estão suspensas nas próximas três semanas, a partir desta segunda-feira. As atividades administrativas estão mantidas. A instituição afirmou que também será elaborado um Plano de Contingência pelas unidades acadêmicas, pró-reitorias, órgãos vinculados e campi fora de sede, com o objetivo de preservar a saúde dos servidores e colaboradores, visando à manutenção das atividades essenciais de cada setor.
Já a reitoria da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) suspendeu pelo prazo de trinta dias a contar de amanhã, as atividades extracurriculares como eventos e cerimônias e a participação de empregados docentes, técnicos e de apoio administrativos em eventos e viagens internacionais ou interestaduais e afirmou que não descarta a suspensão das aulas, mas que, caso haja mudança, os alunos e professores serão informados.
Escolas
O Colégio Israelita anunciou, neste domingo, que irá suspender as aulas a partir da próxima quarta-feira, 18, até o dia 30 de março. Em nota divulgada na página do Facebook, a instituição decidiu que por prevenção a disseminação do Coronavírus, os alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio receberão as suas atividades pedagógicas através de uma plataforma online.
As aulas presenciais de segunda e terça, dias 16 e 17 de março, serão mantidas para informar os alunos sobre as medidas adotadas pela escola e também para que as famílias possam se organizar pelos próximos dias.
O Sindicato do Ensino Privado (Sinepe) publicou uma nota oficial em que as instituições sigam a orientação da Sociedade Brasileira de Infectologia e que, não feche as escolas. Com isso, o Sinepe reforça o pedido de que, caso haja necessidade de suspensão das aulas presenciais, as instituições considerem a possibilidade do ensino virtual, tendo como apoio o uso de ferramentas tecnológicas.
Já o Cpers Sindicato divulgou uma nota pedindo que o governador Eduardo Leite suspensa as aulas no ensino público. Afirmando que “Cabe ao Estado dar exemplo e tomar medidas preventivas à altura da crise sem precedentes que atravessamos. Suspender as aulas imediatamente, garantindo a remuneração dos trabalhadores(as), e por tempo determinado, é a providência lógica a ser tomada”.
O secretário estadual da Educação, Faisal Karam informou que as informações estão sendo avaliadas diariamente em conjunto com a Secretaria da Saúde, Coordenadorias Regionais e Escolas. “Até o presente momento não possuímos alunos, professores e ou servidores com sintomas ou positivamente confirmado. A preocupação é grande sim, entre segunda e terça estaremos liberando recursos via autonomia financeira, e um reforço de recursos para aquisição de materiais de limpeza e gel. Cabe lembrar que o estado liberou no dia 12 de março, R$ 12.8 milhões para as escolas, recursos estes que podem ser e devem ser usados para aquisições de materiais entre eles gel e materiais de limpeza”.