Advogados que fazem a defesa de Luciano Bonilha Leão, réu no caso da tragédia da boate Kiss, decidiram recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que suspende o júri do cliente, marcado para ter início na segunda-feira, em Santa Maria. Gustavo Nagelstein, um dos integrantes da defesa de Bonilha, explica ter encaminhado o recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com Nagelstein, a liminar, com pedido de urgência, vai ser relatada pelo ministro Luiz Fux. Para a defesa, se o pedido não for julgado nesta sexta, “segunda-feira já é tarde” para alterar a situação. Em Santa Maria, os preparativos já começaram, com a programação do julgamento acertada com o réu e o juiz Ulysses Louzada.
Nessa quinta, o ministro Rogerio Schietti atendeu liminarmente ao pedido do Ministério Público para suspender o julgamento de Bonilha, em Santa Maria, até que a Justiça gaúcha emita uma decisão em definitivo. Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann e Marcelo de Jesus dos Santos tiveram os pedidos de troca de comarca concedidos pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e devem ser julgados em Porto Alegre, em data a ser definida.
Nagelstein explica que Bonilha quer ser julgado “o mais rápido possível, para que seja definida sua situação”.
Análise do TJ/RS deve ocorrer dia 18
Na noite de ontem, o ministro Rogerio Schietti Cruz suspendeu o júri de Luciano Bonilha Leão. A decisão liminar deve agora ser processada e comunicada ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, para que seja cumprida. O ministro determinou a suspensão do julgamento popular até que a 1ª Câmara Criminal do TJRS julgue o mérito do pedido de desaforamento do júri popular de Bonilha, formulado pelo Ministério Público. A próxima sessão da 1ª Câmara só ocorre na quarta-feira que vem.
