A Empresa Brasileira de Comunicação conformou que o presidente Jair Bolsonaro se pronuncia em rede nacional obrigatória de rádio e TV, na noite desta quinta-feira. A fala, de 4 minutos, deve começar às 20h30min.
Embora o tema do pronunciamento não tenha sido informado, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) adiantou, em entrevista para o jornal O Estado de S.Paulo, que Bolsonaro deve pedir que as pessoas evitem sair às ruas no domingo e, com isso, cancelem a manifestação pró-governo, agendada para esse dia.
A decisão pelo pronunciamento se dá depois do avanço dos casos de coronavírus. O próprio presidente está com suspeita de ter contraído a doença e aguarda o resultado do exame, que deve sair nesta sexta-feira.
A deputada e outros aliados do presidente defendem o cancelamento da manifestação. Se o pronunciamento se concretizar, o grupo deve seguir o presidente e buscar as redes sociais para se posicionar publicamente sobre o assunto.
“(O coronavírus) está tomando uma proporção que não imaginávamos e, apesar de querermos ir pra rua, a saúde e a integridade física das pessoas está em primeiro lugar”, disse o vice-líder do governo na Câmara, deputado Carlos Jordy (PSL-RJ). Jordy também considera prudente postergar o protesto e projeta que Bolsonaro se posicione nesse sentido.
O deputado Bibo Nunes (PSL-RS) também pede a suspensão do protesto. “É um momento grave para a saúde do Brasil. Vai ser bom para imagem do presidente se o ato for cancelado. Depois vão surgir novos casos e vão colocar a culpa nas manifestações”, disse.
A manifestação chegou a ser convocada pelo presidente Jair Bolsonaro e também pela Secretaria de Comunicação do governo. Em vídeo publicado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Twitter, o presidente afirmou que a manifestação é “espontânea” e “pró-Brasil”, e não contra o Congresso ou o Judiciário. “Participem e cobrem de todos nós o melhor para todo o Brasil”, declarou em evento em Boa Vista, Roraima, antes de viajar para Miami, nos Estados Unidos.
